Você sabe calcular corretamente o IPVA?
O IPVA é o Imposto sobre Veículos Automotores, uma taxa obrigatória que é usada para financiar questões importantes, tais como segurança pública, saúde, educação e transporte.
Antecipar esse custo é pré-requisito para uma boa gestão, pois é possível planejar e obter menos gastos no mesmo período. Para ajudá-lo a se preparar o bolso, reunimos 5 dicas para fazer valer a pena.
1. Determinar a base de cálculo
O primeiro passo é determinar a base de cálculo, ou seja, o preço de um veículo novo ou usado. A maioria dos estados utiliza a tabela Fipe como referência. Tomemos como exemplo uma das picapes mais vendidas no Brasil, a Mercedes-Benz Sprinter:
O preço base da versão diesel T.A 2.2 luxo de 2019 é de R$ 185.00,00. O IPVA é calculado com base nesse número. Se você já encontrou o valor dos veículos da frota na tabela Fipe, é hora de ver qual será o custo do imposto com base no imposto e tipo de carro.
2. Calcule a taxa básica de 1% a 4%
O valor que você tem que pagar para pagar o IPVA é o percentual do preço do veículo que consta na tabela Fipe. Isso varia entre 1% dependendo do tipo e condição do carro, em alguns casos a variação pode ser tão pequena quanto 1%. Em São Paulo, é de 4% para os carros flex e de 3% para os modelos a gasolina, elétricos ou a etanol.
Caminhonetes cabines simples, ônibus e motocicletas custam 2%. Para caminhões como Mercedes-Benz Sprinter é pago 1,5% do valor do veículo, ou aproximadamente R$ 2.700,00.
3. Consiga desconto de até 50%
Todo governo impõe um desconto se o pagamento for feito em uma única parcela em um determinado período, por exemplo, em São Paulo você economiza 3% por veículo, ou seja, R$ 81,00 para a Sprinter. Muitos não sabem, mas alguns estados oferecem aos frotistas descontos de até 50%. Para conseguir isso, você deve ir ao departamento financeiro e pedir instruções e registro. Há burocracia, porém, vale a pena quando você considera o valor do reembolso.
4. Prazos de pagamento conforme região
Para saber o cálculo do IPVA é importante ficar atento também aos prazos de pagamento, pois eles determinam se vai ter desconto ou não, como desembolsar o custo e possíveis multas se o veículo se deslocar com imposto atrasado.
A maioria dos veículos deve recolher o imposto de janeiro a março, a data de pagamento muda de acordo com o final da placa e situação de registro. Para caminhões, o prazo é de março a setembro. Geralmente são fornecidas tabela com datas.
5. Fique atento à data e forma de pagamento
Se você deseja o desconto do IPVA, deverá pagar em uma única parcela após o prazo específico do seu estado. Você também pode pagar em até três vezes, o que ajuda a manter os custos sob controle. Fique atento aos prazos e evite multas.
A falta de pagamento do imposto pode, além da multa, acarretar ao registro do veículo nos órgãos de proteção ao crédito como SPC, Serasa e SCPC e impedir a emissão da habilitação do veículo. Sem o CRLV (Certificado de Registro e Habilitação de Veículo), o motorista fica impedido de dirigir, o que pode resultar na cassação da carteira de habilitação, além de sete pontos e multa.
Por que o imposto é importante?
O valor desse imposto é dividido entre o estado e o município onde o veículo está registrado, 50% cada. Esse valor é utilizado de forma diferenciada e é decidido pelos departamentos financeiros de cada setor.
É comum que o IPVA seja destinado à proteção de estradas. Porém, esse equívoco vem da época em que ainda existia a Taxa Única de Circulação (TRU), extinta em 1986, cuja arrecadação era destinada apenas à proteção das rodovias. Atualmente, esse papel é desempenhado pelas concessionárias, que mantêm a qualidade das rodovias por meio da cobrança de pedágio.
Então, para onde vai o IPVA? Em geral, governadores e prefeitos utilizam a arrecadação de forma diferenciada, destinando parte à manutenção das ruas e parte à educação, saúde e segurança.
Quais as consequências de não pagar o IPVA?
A falta de pagamento do IPVA basicamente não acarreta infração de trânsito, apenas acréscimo de juros e possibilidade de cadastro em dívida ativa. De acordo com a lei, o estado não pode cobrar impostos à força, e confiscar um veículo apenas por causa de uma dívida com pagamento de IPVA pode ser considerado abuso de poder
Como são calculados os juros do IPVA não pago?
Calcular IPVA atrasado não é uma tarefa difícil. Porém, além do valor do veículo, é preciso ficar atento também às taxas de cada estado.
Além do imposto nacional, o tipo de veículo também aumenta. Veículos comerciais costumam ter uma taxa de juros de 1,5%, ônibus e microônibus em torno de 2%, caminhões também 2% e motocicletas 2%.
Aplicando corretamente esses percentuais, você obterá o valor do IPVA do seu veículo em especial. No caso dos juros, porém, deve-se considerar que o estado pega 0,33% ao dia e congela seu aumento a um valor limite, que corresponde a 20% do imposto total.
Se o atraso for de 60 dias, a Selic é incluída na equação. Quem aderiu a um vínculo ativo, lembra que 20% do limite total vai mudar e passar a ser 0%, o que aumentará o tamanho da dívida nacional.
É importante observar os prazos e principalmente as formas de pagamento propostas pelo governo. Na maioria dos casos, é mais barato pagar em prestações do que evitar um único pagamento.
A falta de pagamento de impostos pode causar dores de cabeça futuras, multas, apreensão de veículos e entregas perdidas ou paralisações. Portanto, prepare uma tabela com todos os impostos a pagar. Você pode fazer isso em uma planilha ou obter um aplicativo financeiro.
Uma sugestão é anotar forma de pagamento, prazo e quem é o responsável pela emissão e pagamento do imposto de cada um. É importante que esta organização seja centralizada para que todos possam ver o mesmo documento e, por exemplo, não se esqueça da data de pagamento.